Dermatologia Capilar

Alopécia Areata

A alopécia areata é uma doença inflamatória não contagiosa, que tem como principal sintoma a queda capilar, podendo também apresentar coceira no couro cabeludo ou uma sensação de forte queimação antes dos cabelos caírem. Geralmente ocorre em áreas bem delimitadas, resultando em falhas circulares ou ovais, onde não há pelos ou fios de cabelo. A doença pode afetar pacientes de ambos os sexos e é mais comum na faixa etária dos 20 anos.

Ela ocorre devido a um processo inflamatório na raiz do pelo e, de modo geral, é provocada por fatores genéticos, traumas físicos e quadros infecciosos. É comum que ela esteja associada a doenças como lúpus, vitiligo, diabetes e alergias, além de poder ocorrer por consequência de tratamentos oncológicos. Alguns fatores emocionais, como estresse e processos de luto, também podem desencadear ou agravar a condição.

Existem diferentes graus de severidade nesse tipo de alopécia. Os mais frequentes são:

Alopécia areata focal ou localizada: quando existem pequenas falhas de forma mais localizada. A extensão da perda varia mas, geralmente, poucas regiões são afetadas.
Alopécia areata total: quando existe uma queda total dos cabelos e pelos da face (cílios, barba e sobrancelhas).

Alopécia areata universal: nesses casos, todos os pelos do corpo desaparecem. Outros problemas fisiológicos também podem surgir, como alterações nas unhas e distúrbios hormonais e auditivos.

Mesmo em casos de perda total, os cabelos podem voltar a crescer novamente, já que a doença não destrói os folículos pilosos: eles ficam inativos devido à inflamação.

A evolução da doença é imprevisível e não existem formas de prevenção. Cada caso é único e é importante que o dermatologista acompanhe o progresso de cada paciente para entender as melhores indicações. Apesar de não apresentar riscos de vida, a alopécia areata pode afetar profundamente o estado emocional dos pacientes, impactando em sua autoestima e bem-estar. Os tratamentos tem o objetivo de controlar a doença, reduzindo as falhas, estimulando a produção de novos fios e evitando que a queda continue. De forma geral, medicamentos tópicos como minoxidil e corticoides são muito utilizados em associação com tratamentos, como sensibilizantes. Corticoides injetáveis também podem ser usados em áreas mais delimitadas de queda.